Inflação ainda pesa no caixa de bares e restaurantes

Escritor por Sindresbar
25/04/2025

A inflação iniciou 2025 com sinais de desaceleração, mas os empresários do setor de bares, restaurantes e casas noturnas ainda enfrentam pressão nos custos e dificuldade em reajustar preços. Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) acumulou alta de 4,56% nos últimos 12 meses, ultrapassando o teto da meta de inflação definida para o período.

O grupo de Alimentação e Bebidas segue sendo um dos principais responsáveis pela pressão inflacionária. Isso tem impacto direto no setor de alimentação fora do lar, que já opera com margens apertadas desde a pandemia.

Segundo levantamento, 26% dos empresários afirmaram que não conseguiram reajustar os preços dos cardápios no último ano. Outros 63% fizeram reajustes que ficaram abaixo ou empataram com a inflação. O principal motivo apontado é a preocupação com a perda de clientes.

Apesar disso, o setor ainda tem mostrado força. A alimentação fora do domicílio foi responsável por uma parte significativa do crescimento do PIB em 2024, com alta de 5,5%. O resultado, no entanto, foi impulsionado mais pelos aumentos de preços do que por expansão real da demanda.

No Estado de São Paulo, bares e restaurantes têm optado por estratégias como reformulação de cardápios, controle de desperdício e negociação com fornecedores para equilibrar os custos sem repassar aumentos ao consumidor. Muitos estabelecimentos também apostam na fidelização de clientes e em promoções em dias de menor movimento.

Outro fator que preocupa o setor é o impacto da carga tributária. A elevação de alíquotas do ICMS, prevista para este ano em alguns estados, pode agravar o cenário. Empresários relatam dificuldades adicionais com encargos atrasados e dívidas acumuladas, o que limita ainda mais a margem de manobra.

O SindResBar acompanha de perto os desdobramentos econômicos e fiscais que afetam o setor e reforça a importância de políticas públicas que garantam equilíbrio entre competitividade, geração de empregos e sustentabilidade dos negócios.

Empresários e gestores podem buscar apoio junto ao sindicato para orientações sobre gestão financeira, planejamento tributário e alternativas para manter a operação saudável, mesmo em um cenário de inflação persistente.

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