Quem procura por lugares para comer fora de casa em São Paulo não terá dificuldades em encontrar opções. O Estado mais populoso do país possui o maior número de estabelecimentos voltados à alimentação fora do lar, com mais de 532,5 mil pontos ativos, representando cerca de 27% do mercado nacional. Esta estatística impressionante é fruto de um levantamento realizado pelo Instituto FoodService Brasil (IFB).
O estudo mensal do IFB revela que os restaurantes lideram a lista com 135,1 mil unidades, seguidos por lanchonetes (95,9 mil) e padarias (59 mil). Na capital paulista, encontra-se a maior concentração de empresas do setor, totalizando 144,9 mil estabelecimentos. Outras cidades como Guarulhos, Campinas, Ribeirão Preto e Sorocaba também se destacam, fechando o top 5 do Estado.
No ano passado, São Paulo viu a abertura de mais de 102 mil novos estabelecimentos, dos quais 70,6% eram Microempreendedores Individuais (MEIs). No Brasil, existem quase 2 milhões de estabelecimentos de food service, com a maioria também categorizada como MEIs (63%).
Segundo Ingrid Devisate, vice-presidente executiva do IFB, o setor de alimentação fora do lar está se recuperando gradualmente, mas ainda não atingiu os níveis pré-pandemia. Durante o auge da pandemia, o serviço de entregas chegou a representar quase 20% do total, mas caiu para 15% no ano passado. Em 2023, o consumo no local representou 42% das visitas, um aumento significativo em relação aos 34% registrados em 2020.
Devisate observa que o retorno ao trabalho presencial tem contribuído para a recuperação do setor. Atualmente, cerca de 80% do tráfego nos estabelecimentos é composto por trabalhadores que se alimentam fora de casa devido ao expediente externo.
Devisate ressalta que o custo de vida é um dos principais obstáculos para a recuperação do setor, já que as famílias, com orçamentos apertados, consomem menos. Para este ano, o IFB projeta um crescimento de 5%, que poderá variar conforme o cenário econômico. “A recuperação efetiva do foodservice brasileiro depende de um crescimento consistente da economia. Isso permitirá ganhos reais na renda das famílias, redução do endividamento e um aumento sustentável do consumo”, conclui Devisate.
Em resumo, São Paulo continua a ser o epicentro da gastronomia nacional, oferecendo uma ampla variedade de opções para todos os gostos e bolsos. Com uma recuperação gradual e expectativas positivas para o futuro, o setor de food service segue como um dos pilares da economia paulista..